Análises sobre as manifestações de 2013 são lançadas em livro

O livro “Junho de 2013 – A sociedade enfrenta o Estado”, lançado em São Paulo, tem a participação de quatro integrantes do Espaço Democrático; obra reúne artigos de cientistas políticos, jornalistas e economistas.

21/10/2014

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Rubens Figueiredo, Alda Marco Antonio, Gilberto Kassab, Roberto Macedo e Rogério Schmitt.

Dezenas de pessoas estiveram na noite desta terça-feira (21) na Livraria Cultura, em São Paulo, para o lançamento do livro “Junho de 2013 – A sociedade enfrenta o Estado”, publicação que reúne artigos de especialistas em diferentes áreas sobre as manifestações que ocorreram em junho de 2013 e que levaram milhares de brasileiros às ruas em pelo menos 700 cidades do Brasil.

Entre os autores estão quatro integrantes do Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD: Rubens Figueiredo (cientista político e coordenador de conteúdo do ED), Roberto Macedo (economista e coordenador dos conselhos temáticos do ED), Rogério Schmitt (cientista político e responsável pela área de formação política do ED) e Túlio Kahn (sociólogo e consultor de segurança do ED).

O evento contou com a presença do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, do ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif, que é presidente do Espaço Democrático e  vice-governador de São Paulo, e da da coordenadora do PSD Mulher, Alda Marco Antonio.

O ministro Guilherme Afif e Rubens Figueiredo.

“Trata-se da reunião de especialistas para interpretar o que foi aquele movimento, mas sem o impacto do calor das manifestações. Esse distanciamento temporal, acredito, nos permitiu uma análise mais próxima da realidade”, avaliou Rubens Figueiredo. “É diferente das avaliações do momento e mostra que as manifestações não foram irrelevantes, como pensaram alguns, e nem uma revolução, como disseram outros”, acrescentou.

Os protestos de junho foram avaliados do ponto de vista da segurança pública, do papel dos jovens na política, situação política e econômica na época – eles ocorreram em um momento sem crise no Brasil, e até mesmo a diferença entre o que aconteceu aqui e em outros países do mundo no mesmo período, mas com outros propósitos.

“Os autores são pessoas reconhecidamente competentes, analisando um tema complexo que vai nos ajudar a entender o que realmente aconteceu”, disse o ministro Guilherme Afif.

“É um trabalho feito por personalidades da literatura, professores universitários, analistas econômicos e políticos. As manifestações foram um alerta para aqueles que estão na vida pública”, avaliou Kassab.

Rubens Figueiredo, Tulio Kahn e Rogério Schmitt.

Na área de segurança, o consultor Tulio Kahn avalia, no livro, os pontos onde a polícia falhou e, principalmente, onde acertou. “A polícia soube usar bem o seu poder discricionário, apesar de o setor de inteligência não ter sido capaz de prever uma série de acontecimentos”, analisa. “As manifestações não foram um raio num dia de sol, era algo que poderia ter sido pensado com antecedência”.

 Rogério Schmitt faz uma avaliação sobre a participação dos jovens nas manifestações e na política em geral. “Cada vez menos jovens entre 16 e 18 anos se inscrevem para tirar título de eleitor. Entre os que estão na faixa de 18 a 25 anos, a participação também está em queda. E, mesmo assim, mais de 50% dos milhares de pessoas que ocuparam as ruas do país eram jovens”, diz. “Acredito que os protestos tenham sido uma válvula de escape para que a população, que perde esse poder de pressão em função do desinteresse dos jovens, possa recuperar essa força do ponto de vista qualitativo”, acrescentou. 

Foto do destaque: Oswaldo Corneti

 

 

 

 

 

 

 

 

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