Burocracia e corrupção são desafio, diz Santana, vice do PSD eleito no DF

Em entrevista, Renato Santana fala sobre como ele vai atuar quando assumir o posto.

29/10/2014

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O vice governador Renato Santana

Fundador do PSD e um dos mais ativos integrantes do partido no Planalto Central, o vice-governador eleito do Distrito Federal, Renato Santana, acredita que os dois principais desafios que o futuro governo vai enfrentar são a burocracia e a corrupção. “Vamos combater de forma radical”, diz ele.

Eleito na chapa encabeçada por Rodrigo Rollemberg (PSB) com 812.036, o equivalente a 55,56%, Santana é funcionário público de carreira há 20 anos e conhece muito bem o Distrito Federal: é filho da terra e morador de uma das cidades-satélites, Ceilândia, onde vive com a mulher e quatro filhos.

No início do ano, ele se via diante da perspectiva de uma candidatura a deputado distrital. A evolução do processo pré-eleitoral o colocou na chapa de Rollemberg para uma eleição que por pouco não foi resolvida no primeiro turno. Nesta entrevista, Renato Santana fala dos principais problemas que ele e Rollemberg enfrentarão, da meta de valorização do funcionalismo público e sobre como ele vai atuar quando assumir o posto de vice-governador.

Quais são os principais problemas do Distrito Federal hoje?

O grande problema de Brasília é a burocracia e a corrupção no serviço público e o entrave que isso traz para o desenvolvimento da cidade. A burocracia impera em vários segmentos, o que eleva a corrupção. A corrupção vem do excesso de burocracia. É uma corrente, uma coisa vai puxando a outra. Esse é um ponto que nós temos que combater de forma radical.

Como o novo governo pretende enfrentar esse problema?

Com ações que valorizem os servidores, não somente nas condições salariais, mas também nas condições de trabalho. Uma das medidas é transferir para o servidor de carreira as funções de cargos comissionados, por exemplo. O Distrito Federal tem hoje quase 20 mil cargos comissionados. Queremos reduzir esse número e ter o servidor de carreira valorizado, fazendo a gestão do seu Estado. Achamos que é essa a finalidade do servidor.

Essa é uma das ações que facilitarão o combate à burocracia. A meta é levar a zero esse índice que o serviço público carrega historicamente.

Como será escolhido o secretariado e qual a participação do PSD nele?

Obviamente, isso é uma decisão do governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele irá reunir os representantes dos partidos que compõem a coligação e os parlamentares eleitos para iniciar o processo de transição, identificando a situação real do GDF e a vocação desse grupo para cada segmento. Rollemberg tem deixado bem claro a todos que serão pessoas qualificadas e que a base dos partidos que compõem essa conquista será ouvida, mas não podemos simplesmente lotear o governo. O governador, depois de eleito, é do povo e precisa dar uma resposta para o eleitor. E a resposta que o povo espera do gestor é a melhoria na qualidade de vida, como devolução do que se recolhe em impostos.

Qual será a sua participação executiva no governo?

Eu não serei um vice-governador de gabinete em hipótese alguma, o País não comporta mais isso porque há muita coisa a ser feita e precisamos estar a postos para que o Estado comece a dar respostas imediatas para velhos problemas da cidade.

 

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