Debate: como aumentar os recursos para os municípios?

Esse será um dos temas do evento que o Espaço Democrático realizará no próximo dia 21 de janeiro, às 19 horas, com transmissão via internet (www.psd.org.br). Participe!

11/01/2013

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Esse será um dos temas do evento que o Espaço Democrático realizará no próximo dia 21 de janeiro, às 19 horas, com transmissão via internet (www.psd.org.br). Participe!

Primeiro evento do ciclo de debates, que debateu propostas que vão fazer parte do programa partidário.

Embora mais próximas dos cidadãos, que a elas recorrem em suas necessidades mais urgentes, as prefeituras de todo o Brasil enfrentam dificuldades cada vez maiores para obter os recursos de que precisam para atender às demandas da população.

Na verdade, esse é um problema que vem se arrastando há décadas e decorre basicamente das distorções existentes no chamado pacto federativo brasileiro, que estabelece a divisão dos recursos arrecadados por meio dos tributos.

Do jeito que está, a maior parte desse dinheiro (cerca de 60%) fica com o governo federal, enquanto Estados e Municípios – que precisam oferecer aos moradores os serviços básicos de educação, saúde e segurança, entre outros – disputam a parcela restante. E essa parcela também vem diminuindo recentemente, em razão da queda da arrecadação (por causa do baixo crescimento da economia) e de medidas fiscais como as isenções de Imposto sobre Produção Industrial (IPI), que afetam diretamente os fundos de Participação dos Estados e Municípios.

Esta situação – grave e injusta – será o tema do segundo evento do ciclo de debates “Desatando os nós que atrasam o Brasil”, promovido pelo Espaço Democrático (fundação do PSD para estudos e formação política) com o objetivo de discutir propostas que farão parte do programa do PSD, a ser definido em meados deste ano, durante convenção nacional.

Debate na internet

Para o presidente do Espaço Democrático, o vice-governador de São Paulo Guilherme Afif, o encontro – que acontecerá no próximo dia 21 de janeiro, segunda-feira, às 19 horas – será uma oportunidade para que os filiados e simpatizantes do partido possam debater e propor soluções para essa importante questão. “Como já aconteceu no primeiro debate, em dezembro, vamos transmitir o seminário pela internet, em tempo real, possibilitando a efetiva participação na discussão, enviando perguntas e sugestões para os debatedores”, informa Afif.

Para ele, é muito importante o envolvimento dos filiados. “Desde a fundação do partido estamos trabalhando para ter contribuições de todo o País na elaboração de nosso programa partidário. Já fizemos seminários em diversas capitais, debates e, agora, por meio da internet, estamos abrindo a possibilidade de companheiros do Brasil inteiro participarem do debate. É uma excelente ocasião para que as direções estaduais e municipais promovam encontros em suas sedes, no horário do debate, para estimular a discussão e a participação nesse processo”, diz o presidente do Espaço Democrático.

Para esse segundo evento do ciclo de debates estão convidados o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo; o deputado federal Hugo Napoleão (PSD-PI), ex-governador do Piauí e ex-ministro de Estado; e o ex-vice-governador do Amazonas, Samuel Hanan, coordenador do Conselho Temático sobre Tributação e Pacto Federativo do Espaço Democrático. 

Os temas do seminário

O peso da carga tributária, a distribuição de recursos entre os entes federativos e os artifícios fiscais que retiram dinheiro de áreas essenciais como a de educação serão alguns temas analisados pelos debatedores.

De acordo com Samuel Hanan, o debate contribuirá para que o PSD se destaque como um partido inovador, que age no sentido de tornar reais as mudanças desejadas pela sociedade.

Engenheiro industrial e metalúrgico, Hanan foi vice-governador do Amazonas entre 1999 e 2002. Também atuou como secretário de Fazenda e da Indústria, Comércio e Turismo. Na área privada, foi presidente da Brascan Recursos Naturais, vice-presidente da British Petroleum no Brasil e CEO da Paranapanema Mineração.

De acordo com ele, o seminário deve discutir de forma aprofundada o fortalecimento dos Municípios dentro do Pacto Federativo. Ele lembra que o cidadão vive no Município e aspira ter para sua família educação, saúde, segurança, bombeiro, lixo, água e esgoto. “São serviços que interessam primordialmente às pessoas, mas não são prestados pela União”, diz.

– Alguns cidadãos observam o seguinte: o que eu quero é fornecido pelos Estados e pelos Municípios, não vejo a União nesta prestação. E questionam: porque a União quer a maior parte da arrecadação do tributo em nível nacional?

Observando por este prisma, diz ele, “temos que ter um pacto federativo para redistribuir os encargos e receitas dos tributos entre União, Estados e Municípios”. Em sua opinião, é preciso fortalecer o Município porque “o cidadão, quando tem um problema, bate na porta da autoridade próxima à sua casa. Ele não vai à Brasília reclamar ao ministro por falta de água ou porque a rua está esburacada”.

Outro ponto a ser abordado, segundo Hanan, é a necessidade de rever a carga tributária. “Temos uma carga tributária próxima dos 40%, semelhante à da Alemanha, mas a devolução em serviços à população pode ser comparada à da África. Pagamos muito, por muito pouco”, afirma, lembrando que é preciso debater também as renúncias fiscais. “Estão subtraindo dinheiro da educação, isso é imoral”, diz ele. “As universidades públicas não podem ser sucateadas por artifícios que também impedem o País de investir em professores e pesquisadores”, conclui.

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