PSD lamenta falecimento do cardiologista Adib Jatene

Um dos pioneiros da cirurgia do coração no Brasil, Adib Jatene estava internado desde o dia 22 de setembro no Hospital do Coração, em São Paulo, após sofrer um infarto agudo do miocárdio. Ele morreu na noite de sexta-feira (14), em consequência de um segundo infarto.

15/11/2014

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O cardiologista Adib Jatene morreu aos 85 anos

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, lamentou neste sábado (15) o falecimento do médico cardiologista Adib Jatene, ex-ministro responsável por importantes iniciativas no sentido de ampliar os investimentos públicos em saúde no Brasil. “Como médico, deu nova esperança a milhares de pessoas com problemas cardíacos. Como ministro de Estado, incluiu na pauta do Brasil a necessidade de se elevar gradativamente os investimentos em saúde e na sua gestão. À família, parentes e amigos, os meus sinceros sentimentos”, afirmou Kassab.

O próprio Jatene resumiu em uma frase o foco de suas atividades nos setores público e privado: “A sociedade precisa pensar em lucro e em produtividade, mas ela precisa pensar em gente, em pessoas que merecem respeito, que merecem apoio”.

Um dos pioneiros da cirurgia do coração no Brasil, Adib Jatene estava internado desde o dia 22 de setembro no Hospital do Coração, em São Paulo, após sofrer um infarto agudo do miocárdio. Ele morreu na noite de sexta-feira (14), em consequência de um segundo infarto.

Jatene foi diretor-geral do HCor e um dos pioneiros da cirurgia do coração no Brasil. Ele deixa quatro filhos – os também médicos Ieda, Marcelo e Fábio, além da arquiteta Iara – e a esposa Aurice Biscegli Jatene.

Acriano de Xapuri, era filho de um seringueiro libanês e de uma dona de armarinho. Quando criança, a família se mudou para Uberaba, em Minas Gerais, e, depois, para São Paulo. Na capital paulista, estudou na Universidade de São Paulo (USP), formando-se aos 23 anos pela Faculdade de Medicina.

Com mais de 20 mil cirurgias no currículo, se destacou também por ter sido o primeiro a realizar a cirurgia de ponte de safena no Brasil e por ter inventado aparelhos e equipamentos médicos.

Na política, apesar de não ter se filiado a partidos, atuou como secretário estadual da Saúde de São Paulo (1979-1982), no governo de Paulo Maluf, e duas vezes como ministro, na mesma área, nas gestões Fernando Collor (1997-1998, por oito meses) e Fernando Henrique Cardoso (1995-1996, por 22 meses). No governo de FHC, criou a Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), para ajudar a financiar a saúde brasileira, e deu continuidade ao projeto dos medicamentos genéricos e ao programa de combate à Aids. Foi membro da Academia Nacional de Medicina e autor e co-autor de cerca de 700 trabalhos científicos publicados na literatura nacional e internacional.​

 

 

 

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