Raimundo Colombo: ​gestão eficiente vai alavancar avanços dos últimos anos

“Gerenciar o trabalho é o maior desafio pra gente. É a burocracia que emperra aqui, emperra ali. Nós temos que melhorar essa questão da cobrança, da busca da eficiência, da fiscalização, da qualidade das obras”, disse o governador de SC ao jornal Diário Catarinense.

29/08/2014

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Colombo inaugura leitos de UTI: área de saúde é o desafio mais complexo a enfrentar. Foto: Jaqueline Noceti / Secom

Pouco mais de três anos e meio depois de assumir o comando de Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo, do PSD, tem uma certeza: o Estado está melhor que antes, embora ainda existam muitos problemas que precisam ser eliminados e áreas que podem ser aperfeiçoadas.

O maior desses problemas, apontou o governador em recente entrevista ao Diário Catarinense, de Florianópolis, é a burocracia. Segundo Colombo, “conseguimos chegar a um estágio em que termos recursos para investir e temos as obras escolhidas, mas a Lei das Licitações (lei 8.666) é muito injusta, pois ganha a empresa com o menor preço; se ela tem condições de fazer a obra ou não, é outro departamento”.

Segundo o governador é preciso sempre cobrar o andamento: “Gerenciar o trabalho é o maior desafio pra gente. É a burocracia que emperra aqui, emperra ali. Nós temos que melhorar essa questão da cobrança, da busca da eficiência, da fiscalização, da qualidade das obras”, disse Colombo ao jornal.

Em duas das áreas sensíveis da administração pública – educação e saúde – o governador acredita que as melhorias vêm ocorrendo progressivamente, mas o processo é de longo prazo.

Na saúde está, segundo Colombo, o mais complexo dos desafios que Santa Catarina tem de enfrentar. “É a maior demanda da sociedade, qualquer pesquisa aponta isso”, avalia o governador. “Nós estamos construindo 10 novos hospitais, abrindo 1,5 mil novos leitos e uma quantidade muito grande de UTIs, mas não adianta o Estado ir bem se o município não vai, então iniciamos o repasse de recursos para ajudar cada município no pagamento de exames, porque assim melhoramos o atendimento na base e o atendimento intermediário”.

Um dos mais graves problemas do Estado nesta área já está sendo contornado: é a chamada ambulancioterapia, como é conhecido o transporte de pacientes do interior para tratamento na Capital. Segundo o governador, oito unidades de quimioterapia e radioterapia já foram abertas no interior. “É um ganho extraordinário, aquelas pessoas vinham todos os dias, de ônibus, fazer o tratamento em Florianópolis, e hoje estão fazendo lá”. Colombo aponta que o tratamento na Capital também melhorou, porque diminuiu a demanda, mas lembra que este é um trabalho que não pode parar: “É permanente, a cada passo como esse diminui a ambulancioterapia, e tem que continuar por muito tempo para realmente conseguir alcançar as metas”

Outro gargalo da administração pública em Santa Catarina está na educação, e do mesmo modo como na saúde, vem melhorando gradativamente. Colombo enfrentou problemas com a folha de pagamentos dos professores, que passou de R$ 1,5 bilhão para R$ 2,7 bilhões​ com o reajuste definido para a categoria. “O Estado não comporta”, diz o governador. “O que aconteceu? Achatou a tabela: subiu o piso e não demos o mesmo percentual para quem estava em cima”, conta ele, admitindo que se trata de um processo injusto. “Mas não tinha outro jeito, precisamos fechar as contas, pagar os salários, não podemos atrasar”.

A solução, agora, é recompor esse quadro, diz Colombo. “É importante porque você deixa de estimular aquilo que é essencial, que é a qualificação, o avanço profissional de quem se qualifica”. O governador acredita que a médio prazo isso será possível com os recursos do pré-sal – o governo federal estabeleceu que parte dos royalties serão destinados à saúde e à educação. “São valores muito significativos e crescentes à cada ano”, diz ele. “Isso é um dinheiro novo que está chegando aos Estados e municípios. Mas enquanto não temos esses recursos, devemos ir recompondo a cada ano um pouquinho a mais, dentro das condições financeiras que temos”.

O processo de gestão voltado para a manutenção também foi muito ​aprimorado ao longo dos últimos três anos. No início da administração, quando era identificada a necessidade de reparos em uma estrada estadual, por exemplo, era necessário ligar para o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), em Florianópolis, que acionava a empresa responsável. “Agora, não. A gente passou para cada secretaria regional cuidar disso – limpeza das valetas, saída de água, da operação tapa-buraco”, conta ele. “Fizemos isso com 1.144 escolas: limpeza das caixas d’água, roçadas, coisas simples”. Para o trabalho emergencial nas escolas, a solução encontrada foi dar autonomia às diretoras, que têm agora um cartão de débito que pode ser usado para pequenos reparos emergenciais.

 

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