Santa Catarina investe 501% mais em inteligência contra o crime

O governador Raimundo Colombo investiu R$ 779,1 mil em inteligência de segurança pública em 2013; em 2012, foram R$ 129 mil.

14/11/2014

FacebookWhatsAppTwitter

Ganhos na área de segurança: redução de 8,2% na taxa de homicídios e na taxa de roubos de veículos

Governado por Raimundo Colombo, do PSD, o Estado de Santa Catarina foi um dos que mais aumentaram seus investimentos no aprimoramento da polícia. A informação consta do 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na terça-feira (11).

De acordo com o estudo, o governo estadual catarinense investiu R$ 779,1 mil em inteligência de segurança pública no ano passado, o que representa um aumento de 501% na comparação com 2012, quando foram investidos R$ 129 mil. O valor representa 0,05% do total de investimentos em segurança, que chegou a R$ 1,56 bilhão, dos quais R$ 116,7 milhões forma destinados ao policiamento, quase 150 vezes mais que em inteligência.

​​O anuário​ mostra que o Estado obteve ganhos na área de segurança, como a redução de 8,2% na taxa de homicídios por 100 mil habitantes (acima da redução observada a nível nacional, de 2,6%) e na taxa de roubos de veículos por 100 mil habitantes, que caiu de 59,5 em 2012 para 51,4 no ano passado.​

​O aumento no investimento em inteligência significa que o Estado passou a gastar mais com monitoramento, escutas telefônicas, câmeras de vigilância, treinamentos, estratégias de combate ao crime e integração entre setores da segurança e da Justiça.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de SC, o aumento nos gastos é consequência da primeira onda de atentados ocorridos no Estado em novembro de2012. Apasta credita a cifra elevada a diversos fatores, como a aquisição de equipamentos de ponta e amplo investimento nas Centrais Regionais de Emergências, além da intensificação dos treinamentos e cursos de especialização.

Em 2013, o gasto médio com segurança pública foi de R$ 234,79 para cada catarinense. A secretaria ainda acredita que o investimento em 2014, tanto no setor de inteligência quanto na segurança pública como um todo, seja igual ou maior que o do ano passado.

De acordo com o site de notícias CBN, o mestre em Ciência Jurídica e professor da Univali, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, diz que os gastos mais pesados no setor de inteligência – criação de salas de controle, a instalação de câmeras de vigilância e integração entre polícias e Judiciário, por exemplo – foram feitos no ano passado. “Investir em inteligência é como construir esgoto. Como a função da inteligência é evitar crimes, acaba sendo um investimento que não aparece para a população e não tem repercussão política. Faz muito melhor para a imagem pública comprar um monte de viaturas e deixá-las estacionadas com o giroflex ligado na esquina”, afirma o professor.

 

FacebookWhatsAppTwitter

  0 Comentários

FacebookWhatsAppTwitter